sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Abrace seus filhos


Sentimentos me movem a discorrer sobre o assunto nessas poucas linhas. Sequer formatei uma teoria para postar. É evidente a necessidade evolutiva de todas as coisas, porém devemos ter cuidado para que a tecnologia não arrase nossa essência. Por esses dias, penso muito sobre o assunto. O mundo virtual está aí, não da pra evitar, é útil e necessário, porém, quem realmente sabe lidar com ele? Enquanto esse mundo nos serve, é bom. Quando passamos a servi-lo é triste. Nesse momento, afloram sentimentos de dor, medo. Daí surgem as “tribos”. Grupos de pessoas que compartilham seus amores, dores, fraquezas, paixões, tudo através da rede. E quando têm que sair para o mundo real, por vezes vestem suas máscaras, se escondem atrás de suas franjas, seus estilos, querendo firmar-se frente a um mundo que deixaram de conhecer. Muitas vezes nem conseguem mais sair. É verdade que o mundo real não é fácil. Não é fácil pra mim e pra você que insistimos em viver nele, imagina pra quem encontrou refugio nesse outro mundo. Um local onde podemos ser quem e o que quisermos com um simples clique ou no máximo um clique duplo. Realmente tentador. E enquanto estamos extasiados envoltos nessa triste fantasia, “teclando” com grandes afetos sem sequer termos ficado lado a lado com estes, o que será dos nossos “verdadeiros” afetos? O que estão fazendo nesse momento no mundo real? Trabalhando ou descansando? Felizes ou tristes? Que problemas será que têm pra solucionar? Uma coisa eu sei e é certa, estão vivendo. Pois o mundo real insisto, não é fácil, e por isso mesmo necessário. Um estágio a se vencer, um passo a passo evolutivo. Essa história toda realmente me toca o coração. Se eu pudesse alertaria agora a todos sobre o mundo virtual. Diria que não devemos desligar os motores do mundo real nunca, quando precisarmos de algo que o mundo virtual nos oferece, estacionemos o mundo real ao seu lado, e sem descer dele, estendemos nossas mãos e pegamos. Nunca desembarquemos nele, pois o mundo real, não para. E corremos o risco de nos perdermos do mundo real no mundo virtual. Parece um monte de trocadilhos bobos, mas o caso é sério. Pense: Quanto tempo você ganha por dia conversando com sua família, e quanto tempo você perde fora da realidade real? Redundância? É pode ser. Realidade real, realidade virtual... putz... se não formos fortes nos perdemos. Agora estou cansado, o que me deixa com sono, o que me faz sentir só, o que me deixa triste, o que me faz ser forte, o que me faz escrever e estender minha mão a você, minha mão virtual de sentimento real. Use a rede, não deixe ela usar você. O que seus filhos estão fazendo agora? Um abraço repleto de um amor real pra você amigo virtual. Edson.

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